sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um Dia Infeliz ... O Mais Infeliz ...

Hoje eu gostaria de encontrar alguém; alguém para sentar junto ao bar e beber todas as vodkas, todos os conhaques, beber todas as cervejas e derramar as minhas lágrimas.



Hoje que gostaria de encontrar alguém, que não me dissesse, que não me perguntasse nada, alguém para apenas me ouvir. Ouvir sem me criticar, sem fazer questionamentos, alguém que apenas me compreendesse, e que me desse à certeza de que por um momento alguém me ouviu.



Se eu pudesse daria um toque em meu destino, viraria um hippie e mudaria o meu conceito. Não faria planos, não sonharia, apenas viveria cada dia, como se o amanhã não fosse chegar.



Ah, como eu queria voltar ao passado e poder construir uma história diferente. Afinal são 14:00 horas de sexta-feira, e nada faz sentido. Apenas sinto um vazio profundo, uma tristeza dilacerante, uma dor no fundo da alma, quase insuportável. A minha cabeça está sendo povoada por pensamentos insanos e infundados; são perguntas que jamais encontrarei as respostas. Será que eu sou feliz? Será que a felicidade existe, e se existe aonde poderei encontrar?



É como se nada fizesse sentido, tudo perdeu a graça, a beleza o brilho. Isso porque um dia me disseram: “ninguém apagará o brilho dos seus olhos, e nem a beleza do seu sorriso.

Mas na verdade vejo que tudo acabou. Eu os acabei. Já era! Não faz mais parte do meu, ou faz talvez este seja eu. Eu errante, ignorante, eu que camuflei durante todo este tempo os meus verdadeiros sentimentos.



Hoje eu gostaria de encontrar alguém. Alguém para que eu pudesse chorar as minhas mágoas, declarar os meus segredos, falar dos meus desejos escondidos nos mais profundo do meu íntimo. Ah, eu preciso de alguém! Alguém que fizesse um momento valer a pena; onde está este alguém?



Estou cansando. Sinto meu corpo doer, a minha alma está desfalecendo. Não há mais sol, nem céu azul, eles existem, mas eu já não os consigo vê-los. Está cinza; pintaram tudo de cinza; vejo apenas as luzes se apagando e a escuridão se aproximando. Não ouço mais as vozes dos que estão a minha volta, apenas murmurios, sinais que não significam nada para mim.



Não há vodkas, não há cervejas, não há conhaques. Há apenas cafés e chás, mas muito incapazes de aliviar a minha dor, a minha angustia a tristeza que me assola. Não há pessoas que me interessam perto de mim, me sinto como um instrumento velho e descartado deixado de lado, empenado sobre a poeira, me sinto embalado ao som de um violino mudo...



Eu preciso de um colo... De um abraço.... Eu apenas preciso de um amigo que estivesse do meu lado nesse EXATO MOMENTO...


MAS FAZER O QUE NEM TUDO É POSSIVEL... vivo no descompasso do desespero sem saber o que me reserva as próximas horas...



Hoje é sexta-feira 22 de abril de 2011, são 14:41 minutos... Estou em uma lan house à horas refletindo sobre tudo o que fiz... lembrando uns bons momentos que tive na minha vida e deles o mais inusitado, a dias atras conheci uma pessoa que nunca pensei que conheceria pessoalmente mas conheci, ainda que tive a oportunidade de conhecer tal pessoa antes do eminente cáos que se instaurou por aqui...



Estou pensando se meu corpo ainda suportará a dor que estará por vir, sei que é errado, sei que não devia, mas no momento é a unica coisa que afogará minhas mágoas, estou caindo de novo?



Não na verdade ja caí, vim perdendo nos dias, nas semanas, nos anos, tudo o que eu me agarrava, as minhas esperanças foram arrancadas de mim, e às 19h00 de ontem foi quando eu dei o passo final para esse desfeche...



Desfaleci e perdi tudo que me era mais importante... De tantas coisas agora se foi mais uma e nas proximas horas irão as demais inevitavelmente, sem expectativas de nada é como eu vou sair em breve desde local que talvez seja uma das minhas ultimas paradas... afastado de tudo e de todos, é como sinto por dentro...



Muito Obrigado Por Existirem Todos Que Sempre Estiveram Me Apoiando e Me Ajudando Em Tudo, Realmente Me Sinto Grato Por Isso... Mas Sinto Que é Chegada a Hora De Retirar Esse Fardo Que é o Peso De Minhas Palavras, De Meus Problemas, De Minha Vida, Enfim Da Minha Existencia...



Sem Mais...


Atenciosamente


Andy Klaus Felsen