A Chuva castiga o chão lá fora, cada gota espocada no chão é um pingo de dor pontuado em meu coração!
A vida nos presenteia com coisas tão estranhas, que chegam a doer, ela é uma tiradora de sarro, prega peças gigantescas, joga pequenas bolinhas no chão e quando damos conta escorregamos nas bolinhas, perdemos o equilíbrio e nos estabacamos grotescamente. As vezes os tombos são tão pequenos, causam apenas pequenas ranhuras, outrora são tombos aterradores, que destroem totalmente nossos corpos, fazem sangue jorrar, e tudo que pode-se acontecer qdo levamos um grande tombo...
Estou escorregando em bolinhas mil, tentando me agarrar nas paredes, batendo a cabeça no chão e sofrendo com as peças da vida....
Mas acho que no final de tudo, não passará de um presente que ela vai me dar, de grego no começo, mas no final, será uma gloriosa paisagem florida, com muito sol, flores e tudo que eu tiver direito...
Estou no momento tão perdido, não sei me achar, sorrir ou fazer sorrir, não consigo sintonizar-me com a vida; como se eu vivesse num mundo paralelo ao mundo que as pessoas vivem...
As lágrimas que despontam não são de meu olhar triste e cansado, mas sim de meu coração ferido e apodrecido com tudo, as lágrimas que caem são de sangue...
Textos depressivos, vontade de ficar deitado na posição fetal em meu refugio chamado cama/parede, desejo de não falar com ninguém é o que sinto...
Não tenho talento para as pessoas, sou infinitamente egoísta, meus talentos são meus e nada são divididos; não pq eu queira, mas pq meu cérebro e coração se fazem assim, egoístas por eles mesmos...
Tenho de aprender algo? Como eu faria, sendo que estou enclausurado no meu ser e naum tenho vontade de sorrir ou fazer nada?
Ouço a chuva caindo lá fora...
Cada tilintar me faz sentir a solidão que ela me passa, queria ser uma gotinha já que estou neste estado, sair voando do céu e desmontar-me no chão, explodir com o contato do baque e deixar de ser uma gotinha, para apenas sumir...